Desde que surgiram as fabulosas promoções para clientes YORN poderem à terça feira ir ao cinema pelo simpático preço de 3€ (face ao normal preço astronómico das sessões por via normal - e que provavelmente muito contribuem para a diminuição drástica no número de pessoas que foram ao cinema em 2013) que sempre que posso lá vou eu para o Arrábida à 3ª à tarde (sozinha ou acompanhada, conforme! Não me prendo por falta de companhia para assistir a um bom filme).
Posto isto, ia com ideia de ver o "Gravidade" de Alfonso Cuarón. Nesta fase pré-oscares (e numa altura em que estamos ainda a poucas horas de saber quais serão os felizes contemplados com nomeações para os prémios mais prestigiantes da indústria cinematográfica), é mais que sabido que este será um dos candidatos a várias estatuetas (basta ver as nomeações obtidas para os Golden Globes, entre outros prémios e todo o zumzum à volta do mesmo).
De há alguns anos para cá, procuro assistir aos 9/10 nomeados a melhor filme, e "Gravidade" é daqueles filmes que claramente exige que me desloque ao cinema, e renuncie ao meu estatuto (auto-atribuído) de ANTI-3D para o poder ver e fazer a minha avaliação do mesmo. Confesso que até gostaria de poder vê-lo em IMAX, mas para isso teria de ir a Lisboa e já seria um pouco descabido!
Tudo isto para dizer que no fim... Acabei por não ver "Gravidade". Por azar (ou não) só ao chegar ao cinema e depois de o funcionário dizer que não estava a encontrar o filme no seu pc, é que reparo numa nota no folheto UCI a informar que precisamente no dia 14 a sessão (única para este filme) não seria exibida.
Ora bem... já me tinha dado ao trabalho de ir ao cinema, não ia dar a viagem por perdida. O primeiro filme em alternativa que me surgiu foi naturalmente o "Lobo de Wall Street" de Martin Scorsese. Porém, o mesmo tem a duração de...3 HORAS (tempo que não tinha para o dia em causa)...
Eis que me lembro... INSIDE LLEWYN DAVIS! O filme ideal para ver sozinha, visto que dificilmente arranjaria companhia para o mesmo. Irmãos COHEN por norma não me desiludem, e fui lendo aqui e ali umas opiniões interessantes sobre o mesmo o que também me deixou curiosa (inclusivamente uma no facebook do Nuno Markl que realçava o facto de apenas cerca de 10.000 pessoas terem assistido ao mesmo em Portugal, tendo em conta que este revelaria até uma evolução no trabalho dos próprios realizadores).
Pois bem, o filme começa com Oscar Isaac a cantar "HANG ME, OH HANG ME", música essa que acaba por servir de mote ao próprio desenrolar do filme (e que passadas todas estas horas continuar a entoar na minha cabeça).
Não se trata de um filme de massas. Não é um filme de grandes desenvolvimentos. É antes um filme de introspecção, que nos deixa a pensar no mesmo horas a fio após sair da sala de cinema, mesmo perante a simplicidade do mesmo.
Llewyn quase acaba por ser um novo Lebowsky, menos cómico (Claramente!), não tão sociável, mas igualmente azarado. Sem esquecer de mencionar o adorável Gato que co-protagoniza algumas das cenas com Isaac (meio caminho andado para me deixar rendida ao filme, admito!)
É uma das incógnitas relativamente aos Oscars. Teve boas indicações nas nomeações dos Globos de Ouro (apesar de não vencer qualquer prémio). Mas confesso que ficaria bastante satisfeita caso fosse acreditado pelo menos com a nomeação a "MELHOR FILME" (contando que nos últimos anos a Academia tem contemplado uma lista mais ampla de nomeados nesta categoria).
Sem comentários:
Enviar um comentário