Nos últimos anos, são raros os CDs que compro (é difícil resistir à facilidade que a Internet proporciona, não sendo necessário como outrora comprar um cd quando na realidade só se gosta de um ou outro single), ficando-me apenas pelos do John Mayer, a quem ainda teimo ser fiel (pelo menos enquanto o saldo permite).
"Beyoncé" foi o primeiro álbum que comprei em 2014. Numa indústria em si já tão previsível, eis que Beyoncé resolve revolucionar ao lançar sem aviso prévio aquele que, quanto a mim, arrisca-se a ser um dos melhores álbuns de sempre do seu género, e que é, sem sombra de dúvida, o melhor da artista em questão.
Goste-se ou não, a verdade é que é impossível ser-se indiferente ao trabalho de Beyoncé. Está no meio há muitos anos, primeiramente enquanto (indiscutível) líder das Destiny's Child e depois em nome próprio. O lançamento a solo já foi, quanto a mim, um salto rumo à posteridade (dificilmente Beyoncé seria um nome tão sonante no panorama musical se se mantivesse unicamente agregada a uma banda em muito pouco diferente de outras do género). É possível que Jay-Z tenha uma cota elevada de responsabilidade nisso, como também acaba por ter na evidente evolução que Beyoncé vem demonstrado com os seus diferentes trabalhos (igualmente notória nas suas performances em infindáveis tournées que vem realizando por todo o mundo).
Ao acompanhar a sua carreira, são muitos os singles de Beyoncé que gosto e que faço questão de "armazenar" no meu baú musical ("Run the World"; "Crazy in Love"; "End of Time"; entre outros) mas confesso que nunca havia conseguido escutar um álbum completo da artista sem me aborrecer com metade dos temas, que parecem existir quase só para fazer número.
Contudo, não terá sido à toa que este tenha sido o álbum que a artista escolheu para batizar com nome pelo qual todos a conhecemos. Normalmente isso acontece logo no 'debut' álbum dos artistas (o que deve até ser demasiado comum). Assim, com o lançamento de "Beyoncé" acaba por, na minha opinião, mostrar que em todos os anteriores álbuns limitou-se a ser "Sasha Fierce", o seu assumido alter-ego, e que só agora tenha para si chegado o momento certo para mostrar quem é, de facto, "BEYONCÉ".
Com "Beyoncé" o cansaço de que falei sobre os anteriores trabalhos não acontece. Nem pode acontecer, perante um trabalho tão revelador, íntimo e até mesmo explícito. É BEYONCE' de facto que ouvimos e VEMOS em todos os temas (e respetivos vídeos) que compõem este "masterpiece". As letras, os ritmos, as imagens, a cor (ou por vezes até a falta dela).
Não admira que, efetivamente, artistas como Rihanna tenham ficado um tanto ou quanto aborrecidas com a revolução inerente a este lançamento-surpresa, porque por muitos singles em massa que continuem a despejar nas rádios/music channels, dificilmente algum terá força suficiente para se equipar ou fazer frente a qualquer um dos temas de "Beyoncé"
Comprei o bilhete para assistir a um dos dois concertos com que Beyoncé irá brindar o nosso país ainda antes de ouvir este seu último trabalho, sobretudo porque reconhecia que seria um espetáculo já por si imperdível. Depois de conhecer "Beyoncé", fico ainda mais expectante relativamente ao concerto no MEO Arena.
"I SEE MUSIC" disse Beyoncé ao explicar este SEU álbum. E a todos nós é-nos, agora, verdadeiramente possível ver/ouvir BEYONCE'.
vou já pôr o album a tocar no Spotify, tou curiosa! :)
ResponderEliminarAcho que no Spotify ainda só poderás ouvir a "Drunk in Love" e a "XO". =P
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