sábado, 22 de fevereiro de 2014

PRISONERS by Denis Villeneuve

Ontem vi um dos filmes mais falados do ano de 2013. PRISONERS de Denis Villeneuve, que conta com um elenco de luxo encabeçado por Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal e no qual também participam Paul Dano, Viola Davis, Terrence Howard, Melissa Leo e Maria Bello. 

PRISONERS é um thriller que retrata o momento em que dois casais de amigos vizinhos (Jackman & Bello; Davis & Howard) se confrontam com o súbito desaparecimento das suas filhas mais novas (ainda crianças). Como, instantes antes, os irmãos mais velhos de ambas haviam-nas repreendido para não brincarem numa auto-caravana estranhamente estacionada em frente à sua zona residencial, Keller Dover (Hugh Jackman) vê-se obrigado a dar inicio a um insaciável périplo de procura pela filha e pela justiça.






















Loki (Gyllenhaal) é o agente policial responsável pela resolução deste caso e depara-se com as já esperadas dificuldades derivadas do natural desespero dos pais, mas também pela responsabilidade de sempre ter sido capaz de solucionar os casos que lhe foram encarregues, elevando as expectativas sobre o seu trabalho. 


O filme está muito bem conseguido, a começar pela performance dos dois atores protagonistas:
1) Hugh Jackman encarna na perfeição o desalento, a raiva e o instinto animalesco que vestem um pai que nunca está preparado para uma tragédia a este nível, nem mesmo Keller Dover cujo lema é "Pray for the best but prepare for the worst". Para mim, PRISONERS funcionou quase como uma justificação para a nomeação ao Oscar no ano passado, uma vez que sou daquelas pessoas que assumidamente abominou a versão de Tom Hooper de "Les Miserábles", e que, por conseguinte, não esteve de acordo com a nomeação de Jackman para o Oscar de Melhor Ator Principal pelo mesmo (isto tendo em conta outros atores que foram excluídos). Jackman tem em PRISONERS uma interpretação poderosíssima e, na minha opinião,  conferiu-lhe uma carga emocional bem mais exigente e desgastante do que ao seu antecessor, o seu cansativo Jean Valjean.  


2) Já Jake Gyllenhaal tem em PRISONERS mais um notável desempenho, e de certo modo diferente de outros filmes que me lembro dele. Consegue ter um personagem quase que momentaneamente bipolar, pois num instante está aparentemente calmo e sorridente como de repente se transfigura num misto de depressão e perigosidade! (acho que até o estilo de cabelo que adotou para a personagem é preponderante nesta diferenciação de estados. Ora está muito penteadinho para trás, ora rapidamente lhe salta para a frente nos momentos de maior tensão - pormenor curioso!). 



3) Não posso também deixar de mencionar o trabalho de Paul Dano. Acredito que se trata de um ator com uma entrega muito particular aos tão distintos papéis que vai desempenhando, e Prisoners não é exceção para esta regra. Sou mesmo apreciadora do trabalho dele desde que o vi em Little Miss Sunshine. Recentemente também o podemos ver no super-favorito "12 Years a Slave", como um impiedoso carrasco. Em Prisoners, apesar de ter um papel bastante secundário, é exemplar na sua interpretação e essencial na trama desta história!

De referir ainda que PRISIONERS está nomeado ao Oscar de "Melhor Fotografia"(Cinematography) e, em boa verdade (e deixando desde já o reparo que pouco sei para avaliar esta categoria) todos os diferentes planos e cenários do filme são enquadrados e captados de uma muito perfecionista. Cada 'frame' do filme dá uma belíssima fotografia, mas acredito que o prémio irá para Gravity (que é favorito nas categorias técnicas).

Termino referindo que todo o enredo de Prisoners é verdadeiramente cativante e envolvente, e que mesmo tendo eu deslindado a identidade do vilão numa fase ainda muito inicial da história, dificilmente anteciparia o  seu desfecho enigmático.  

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

LORE by Cate Shortland

Assisti há dias a LORE, um filme do ano de 2012 realizado pela australiana Cate Shortland, passado na Alemanha, no pós 2ª Guerra Mundial, mais precisamente após o suicídio do líder do III Reich, Adolf Hitler, e que retrata as dificuldades dos "herdeiros" do nazismo neste complexo período de transição. 

LORE (Saskia Rosendahl) é a filha mais velha de um capitão Nazi e que de súbito vê a sua vida virada do avesso logo após o curto regresso do Pai. Depois de apressada e violentamente se ver obrigada a mudar de casa, também a mãe, que já revelava um imenso distanciamento e uma "inexplicável" revolta, encarrega-a de tomar conta dos irmãos e de arranjar forma para ir com eles até Hamburg, onde fica a casa da sua avó, uma vez que se irá entregar à polícia. 


Rapidamente Lore começa a perceber as dificuldades de cuidar de uma família, quando são escassos os recursos que lhe restam. Vai tentando comprar comida aos vizinhos, que também acabam por os expulsar, dado não quererem estar associados com nazis, tendo de se fazer a um longo e árduo caminho para chegar a Hamburg, e, em simultâneo, obter forma de alimentar os 4 irmãos e lutar pela sua sobrevivência. 
Neste percurso, um rapaz, que se faz identificar com documentos de origem judaica e que se dá pelo nome de 'Thomas',  começa a (per)segui-los, primeiro porque nutre um evidente interesse pela jovem Lore, mas que acaba por também se afeiçoar a toda a família, adotando quase que inconscientemente o papel de "homem de família", figura em falta no seio destes 5 jovens irmãos. 





Ao longo deste seu périplo, Lore é confrontada com as, até então desconhecidas, atrocidades cometidas por aqueles que, como o seu pai, lutaram pela exterminação do povo judeu e, paralelamente, vai pondo em causa todas a bases de construção do seu 'eu': as suas crenças, valores e sentimentos. A (não)relação que protagoniza com Thomas é quase que como uma tela pintada com as cores da repulsa, da dúvida e do desejo, que quanto a mim configura a confrontação de Lore com uma realidade demasiado dura bem como com o seu crescimento impetuoso. Como indica o próprio slogan do filme "When your life is a lie, who can you trust?".


O filme é verdadeiramente extraordinário, sem reservas, puro, duro e despretensioso. É inacreditável não ter sido sequer considerado pela Academia como nomeado a Melhor Filme Estrangeiro (foi o candidato da Austrália este ano para esta categoria), mas, em boa verdade, será sempre complicado ver os que se auto-entitulam heróis da 2ªGuerra Mundial (E.U.A.) reconhecerem que para lá do seu incontestável feito há o reverso da medalha, e que também os que inocentemente estiveram ligados aos monstros do Holocausto, acabaram por ser vítimas finais do mesmo mas pelas próprias mãos desses heróis (eram perseguidos e não lhes era permitido circular livremente no seu próprio país).



Por último, há que deixar uma nota de registo para o esplêndido desempenho da jovem atriz alemã Saskia Rosendahl, que consegue de forma exemplar transparecer toda a complexidade dos estad(i)os emocionais por que vai passando a sua LORE.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

NEBRASKA by Alexander Payne (OSCARS 8/9)

Assisti ontem a um dos filmes que, inesperadamente, obteve um bom número de nomeações aos Oscars (6) entre os quais nas importantes categorias de Melhor Filme e Melhor Realizador: NEBRASKA, o novo filme de Alexander Payne, realizador já conhecido por filmes como "The Descendents" e "Sideways". 













Woody Grant (Bruce Dern), um idoso aparentemente "desligado" da realidade e com um inveterado problema de alcoolismo, recebe pelo correio um panfleto no qual lhe é garantido que foi contemplado com um prémio no valor de 1.000.000$, mas para levantar o mesmo terá de se dirigir a Lincoln, Nebraska. Crente na veracidade de um prémio que a restante família prontamente reconhece como sendo mais uma de recorrentes farsas levadas a cabo por diversas empresas para angariação de clientes e que, por isso, o tenta dissuadir do mesmo, Woody inicia um imparável périplo de fugas em caminhada para se dirigir de Montana a Nebraska, de modo a poder receber o seu "prémio". 



A esposa Kate (June Squibb) e o filho mais velho Ross (Bob Odenkirk), saturados do alheamento de Woody e do seu problema de alcoolismo, ponderam coloca-lo num lar de idosos, mas o filho mais novo David (Will Forte), apesar de o pai ter sempre sido distante, incansavelmente tenta convencê-lo de que o prémio não é real, acudindo o pai sempre que o encontra na sua teimosa caminhada ou até mesmo quando é levado para a esquadra depois de apanhado a caminhar sozinho pela estrada. Percebendo que os seus esforços serão infrutíferos, David resolve "alinhar" na alucinação do pai e, contrariando a vontade da mãe e do irmão, inicia uma verdadeira viagem que mais do que o longo percurso de distância de Montana a Nebraska, se transforma numa surpreendente jornada de descoberta e aproximação ao seu próprio progenitor. 

O argumento do filme é dotado de uma complexidade notável porém refletida na simplicidade dos diálogos e, sobretudo, na riqueza expressiva que Dern e Forte nos presenteiam nele. Nebraska, como se pode deduzir pelas imagens, é todo ele a preto e branco. Talvez porque a vida de David (Will Forte) passa por uma fase que se pauta pela falta de metas, de concretizações, tanto a nível profissional como pessoal/familiar, ou talvez ainda por se tratar de uma história de relações que não parecem passíveis de ser representadas por uma paleta de cores. Mas esta ausência de cor em nada retira à qualidade de Nebraska, pelo contrário, pois está perfeitamente coerente com a história, com o estado das suas personagens.

Bruce Dern está nomeado para o Oscar de Melhor Ator Principal e foi uma das surpresas no lote final de 5 atores (tendo em conta que ficaram de fora nomes como Tom Hanks, Robert Redford e Joaquin Phoenix), mas é preciso relembrar que Dern já arrecadou o prémio em Cannes, podendo por isso ser também uma ameaça a considerar ao favoritismo de McConaughey (apesar de considerar que é pouco provável que saia vencedor na madrugada de 2 de Março). 




Também June Squibb está nomeada na categoria de Melhor Atriz Secundária, e traz ao filme a leveza de uma personagem dotada um humor particularmente (in)apropriado. Protagoniza os momentos mais graciosos do filme e é uma justa candidata ao prémio mas, à semelhança de Dern, dificilmente de sagrará vencedora.


Nebraska arrisca-se a ser um dos filmes com mais nomeações a sair de mãos a abanar do Dolby Theatre. Mas acredito que as nomeações já foram bastante generosas com Alexander Payne, pois certamente fizeram com que ganhasse um publico que de outro modo não veria o filme (falo em nome próprio e mesmo em Portugal só depois das nomeações dos Oscars é que houve distribuidora que se propusesse a levar o filme às telas nacionais - creio que por cá estreia a 27 de Fevereiro). 




Confesso que gostei mais do filme do que poderia prever. É uma história simples mas comovente e os atores fizeram um excelente trabalho. Ainda não vi "Sideways" e considerei "The Descendents" o filme 'Overrated' da respetiva temporada, mas Nebraska acabou por finalmente me fazer render à qualidade de Alexander Payne enquanto "bom contador" de histórias familiares - e por isso tenho de reconhecer que é também incontestável o mérito de Nebraska nas nomeações para Melhor Realizador e Melhor Argumento Original, por Bob Nelson. 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

CAPTAIN PHILLIPS by Paul Greengrass (Oscars 7/9)

Assisti ontem a mais um dos nove nomeados para o Óscar da Academia na Categoria de "Melhor Filme": CAPTAIN PHILLIPS dirigido por Paul Greengrass e adaptado da obra "A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy SEALS, and Dangerous Days at Sea" de Richard Phillips e Stephan Talty por Billy Ray


Este filme relata o verídico momento particularmente perigoso vivido em 2009 por Richard Phillips (Tom Hanks),um homem de família e experiente comandante de navios de carga, que de súbito se vê a si a a toda a sua tripulação emboscados por uma incursão de piratas provenientes da Somália, país cujos meandros de miséria levam a que tantos dos seus 'filhos', sob o comando impiedoso de uma Máfia muito própria, enveredem por um constante e desmedido trilho de saques. 



Decidido a assumir o controlo da situação, como se exige de um verdadeiro comandante, Phillips acaba por colocar em risco a sua própria vida ao ficar completamente sozinho num barco salva-vidas com os seus raptores que, não satisfeitos com a já avultada quantidade de dinheiro que lhes havia sido entregue no navio, vêem em Phillips a única solução para regressarem ao seu país com uma bem mais ambiciosa maquía. 














CAPTAIN PHILLIPS é um filme que nos prende ao ecrã, como os bons relatos de situações verídicas normalmente o fazem aliado ao drama inerente a esta história em concreto. Mas não é só do argumento (diga-se por sinal, um sério candidato ao Óscar de Melhor Argumento Adaptado) que sustenta este filme mas também, e diria sobretudo, as interpretações. 

CAPTAIN PHILLIPS marca o que podemos designar como o regresso clamoroso de Tom Hanks ao grande ecrã. Não que Hanks estivesse propriamente desaparecido, mas há muito que a sua autenticidade e singularidade na incorporação de papéis de forte carga dramática nos era saudosa (nunca é demais relembrar os seus extraordinários desempenhos em PHILADELFIA (1993) e em FORREST GUMP (1994) que lhe valeram o merecido feito de conquistar duas estatuetas consecutivas na categoria de Melhor Ator Principal). Ao ver agora a sua performance em CAPTAIN PHILLIPS percebo o espanto de muitos, aquando do anúncio dos nomeados aos Oscars deste ano, por Tom Hanks não se encontrar entre o lote de 5 atores nomeados. Efetivamente, Hanks mereceria ser pelo menos reconhecido com uma nomeação pelo seu extraordinário Richard Phillips . Contudo, e em concordância com o que já havia escrito relativamente à também notada ausência de Joaquin Phoenix neste mesmo lote, é necessário tomar em consideração que este é um ano muito forte no que toca às interpretações masculinas.



Já a estreia de Barkhad Abdi não foi negligenciada nem pela Academia nem por tantos outros órgãos de atribuição de prémios da indústria cinematográfica. E nem o poderia ser. Barkhad Abdi é inegavelmente irrepreensível enquanto MUSE, o auto-proclamado novo capitão do navio e talvez tenha sido capaz de uma estreia tão memorável derivado à sua própria origem. Abdi é natural da Somália e é quase impossível não estabelecer uma relação unívoca entre a sua própria aparição nesta indústria e a invasão chefiada pelo seu Muse ao navio de Phillips. Tal como MUSE na emboscada que encabeça, Adbi está também "ao comando" nas diversas nomeações na categoria de "Melhor Ator Coadjuvante", talvez sem compreender muito bem como. Assim, o mundo do cinema poderá então afigurar-se num navio que Abdi com mestria 'tomou de assalto' e no qual, tal como a sua personagem, "chegou longe demais e não poderá (dele) desistir". 

Torna-se ainda mais significativo o feito de Abdi se pensarmos que logo no seu filme de estreia teve de "dividir" o ecrã com este "monstro do cinema", de seu nome Tom Hanks. E se na própria história Phillips tanto se vê em dificuldades para tentar ludibriar Muse (que é por vezes eficaz na detecção dos "truques" de Phillips) como faz uso da inocência deste para tentar escapar, também Adbi consegue humildemente disputar com Hanks o protagonismo desta história. 


















Captain Phillips, ao contrário do que inicialmente poderia pensar, é um justíssimo nomeado a Melhor Filme, apesar de considerar que as suas hipóteses de vencer na maioria das categorias a que está nomeado são muito escassas (diga-se de passagem que este filme, na minha opinião, é bem melhor conseguido do que American Hustle, um dos super favoritos). 

No entanto, não seria de espantar que a Academia resolvesse "saquear" o favoritismo de Leto ou até mesmo de Fassbender, atribuindo a Abdi a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante (a Academia por vezes é perita a proporcionar estes momentos, e Abdi já venceu nesta categoria no London Critics' Circle Awards). 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

RIP Philip Seymour Hoffman

Passaram apenas poucos minutos desde que fui surpreendida pela triste notícia, partilhada nas redes sociais, da morte do ator Philip Seymour Hoffman.



Ao que tudo indica, terá sido mais uma vítima do abuso de substâncias ilícitas que, infelizmente, continuam tão presentes no meio artístico (dificilmente esqueceremos o desaparecimento do jovem Heath Ledger em pleno auge da sua carreira, a morte da Diva da música Whitney Houston ou de Amy Winehouse, e até mesmo a mais recente morte de Corey Monteith, um dos protagonistas da famosa série musical Glee - entre muitos outros que, lamentavelmente, se foram perdendo pela mesma via).


Philip Seymour Hoffman era um ator consensual no mundo do cinema, contribuindo para este com um imenso número de irrepreensíveis interpretações em papéis tão diversos e em géneros distintos. Seymor Hoffman é, por norma, associado a papéis em filmes dramáticos, mas também na comédia foi brilhante (lembro-me aqui do seu espirituoso Sandy em "Along Came Polly", que tantas gargalhadas me arranca sempre que vejo o filme - e eu não sou, de todo, apreciadora de comédias românticas). 



Teve na sua interpretação do polémico escritor Truman "Capote" o expoente máximo da sua carreira, vencendo todos os prémios na categoria de Melhor Ator Principal, entre as quais o Oscar, corria o ano de 2006. Mas isso não bastou para que não permanecesse num trilho de excelência, continuando sempre a dotar as personagens que vestiu desde então com uma excepcionalidade ímpar.





É de recordar ainda o merecido reconhecimento da Academia pelas suas prestações em "Doubt", "Charlie Wilson's War" e "The Master" com mais três nomeações, tendo, na minha opinião, ficado por entregar a Hoffman o merecido Oscar na Categoria de "Melhor Ator Coadjuvante" no último ano pela sua espetacular perfomance como Lancaster Dodd em "The Master" (que acabou por recair sobre Christoph Waltz pelo papel de Dr. Shultz em Django Unchained). 




A sua última aparição no grande ecrã (e que terá continuidade garantida pelo menos na 1ª parte do próximo filme) foi no papel de Plutarch Heavensbee, na saga The Hunger Games. Hoffman foi assim, quanto a mim, mais uma aquisição de luxo que permite colocar esta adaptação de uma trilogia de livros, tão apreciada pelo público mais jovem, num patamar de credibilidade que outras não conseguiram alcançar.


É certo que o talento das celebridades permite que estas permaneçam para lá da sua própria vida. Mas é uma pena que tantas vezes não seja adiável este seu garantido status de imortalidade.


RIP Philip Seymour Hoffman

sábado, 1 de fevereiro de 2014

FROZEN by Chris Buck & Jennifer Lee DISNEY (Oscars Best Animated Feature 1/3)

Acabo de assistir ao mais recente lançamento da Disney, "Frozen", estreado nas salas nacionais creio que por volta do Natal de 2013. É um dos filmes nomeados aos Oscars na categoria de Melhor Filme de Animação, tendo também a canção "Let it Go" nomeada na respetiva categoria. 


Era ainda bem novinha quando foi-me apresentado o fabuloso mundo animado criado por Walt Disney na primeira vez que fui ao cinema, ver A Gata Borralheira. Desde aí, e durante uns bons anos consecutivos, sempre tive o privilégio de todos os anos assistir aos diversos lançamentos da Disney (que são infindáveis). 

Certo que a dada altura surge a necessidade de nos desvincularmos daquilo que denuncie qualquer vestígio de infantilidade, tendo naturalmente provocado um interregno nesta mágica viagem de infância. Mas acredito que o crescimento acabará sempre por passar pelo abraço às recordações, à inocência e à imaginação. E a Disney (que de há alguns anos a esta parte também tem a DreamWorks como concorrente a considerar) permite incessantemente essa redescoberta. 



"Frozen" transportou-me precisamente para a magia da minha infância à qual estão também associados tantos filmes de animação. É o glorioso regresso da Disney às histórias de encantar aliada uma forte componente familiar que lhe serve de base.  

É também notável uma evolução na construção das personagens, cujos maneirismos e linguagem em "Frozen" estão perfeitamente adaptados ao tempo atual. 


Assim, "Frozen" é um filme de uma graça e ternura naturais, pelas quais facilmente nos deixamos 'enfeitiçar'. Desde as músicas que o acompanham, aos cenários magníficos que nele são projetados e que em nada congelam a nossa atenção e claro as personagens - e aqui não posso deixar de destacar Olaf (boneco de neve) e Sven (rena) que são absolutamente hilariantes e adoráveis. 

É o grande favorito a vencer a estatueta de "Melhor Filme de Animação", tendo já inclusive vencido o Globo de Ouro nessa mesma categoria. E apesar de ser apreciadora confessa de "Despicable Me 2 - Gru O Mal Disposto 2", acredito que o "Frozen" será o justo vencedor. 


É caso para dizer, e adaptando uma fala de Olaf: 
Some movies are worth melting for.






MOVIES @ JANUARY

Aqui fica a listagem de filmes que tive oportunidade de ver (ou até mesmo rever) durante o mês de Janeiro:

THE LION KING (1994)

IMDB : 8.5/10

ALPHA DOG (2006)
IMDB: 6.9/10

MOVIE 43 (2013)
IMDB: 4.4/10

THE ROMANTICS (2010)
IMDB: 5.1/10

THE SESSIONS (2012)
IMDB: 7.3/10

RUSH (2013)
IMDB: 8.3/10

12 YEARS A SLAVE (2013)
IMDB: 8.5/10

INSIDE LLEWYN DAVIS (2013)
IMDB: 7.9/10

DALLAS BUYERS CLUB (2013)
IMDB: 8.0/10

GRAVITY (2013)
IMDB: 8.3/10

AMERICAN HUSTLE (2013)
IMDB: 7.7/10

JAGTEN - THE HUNT (2013)
IMDB: 8.3/10

HER (2013)
IMDB: 8.4/10

THE WOLF OF WALL STREET (2013)
IMDB: 8.6/10